sábado, 2 de julho de 2011

Sobre a cidade de Milagres...



Milagres, no interior da Bahia, cidade onde filmamos Braseiro, já foi cenário do filme Dragão da Maldade e Contra o Santo Guerreiro, de Glauber Rocha, entre tantos outros filmes que foram rodados na cidade - Os Fuzis e Central do Brasil , por exemplo -, e nós vimos como essa história com o cinema faz parte do imaginário de toda uma geração, ouvimos depoimentos, lembranças das filmagens. Era bonito de ver e ouvir, um povo orgulhoso de fazer parte da história do cinema brasileiro...Segue matéria sobre essa cidade cinematográfica no site
agregario.com:

"...Considerado o "descobridor" da cidade, Nelson Pereira dos Santos foi o primeiro cineasta a filmar em Milagres, com a série Rio-Bahia, em 1958. Depois dele, também filmaram Ruy Guerra, Glauber Rocha, Aurélio Teixeira, Fernando Belens, o italiano Gianni Amigo e Walter Salles. Algumas das cenas de Central do Brasil foram feitas nas ruas de casas coloridas com enormes montanhas ao fundo, que formam a paisagem rochosa e o cenário natural de Milagres.

A atriz Odete Lara, que trabalhou em "O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro", de Glauber Rocha, se alegra com as recordações e estrepolias cometidas, em 1960, durante a produção do filme. "A equipe comprava passarinhos dos habitantes de Milagres para levar ao Rio de Janeiro. Uma noite, soltei todos os passarinhos. No dia seguinte, pela manhã, foi terrível. Eles queriam pegar o cara que tinha feito aquilo e eu fiquei quietinha. Só foram saber, muitos anos depois, quando contei essa história em um dos meus livros", conta a atriz.

Não são apenas os atores que guardam boas lembranças. Grande parte dos moradores de Milagres já foi figurante em algum filme. Seu Dionísio Mendes, um lavrador aposentado, se orgulha de ter trabalhado em quatro produções e não se esqueceu da ajuda que recebeu da equipe de "O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro"...Leia a matéria completa

Parceiros de criação...os assistentes de direção.

Na foto: Paulo Fernandes, de olho no set

Na foto: Valter Bruno, improvisando na claquete

Tive como assistentes de direção os cineastas Paulo Fernandes e Valter Bruno, parceiros das mais diversas empreitadas desde os tempos da faculdade, e a diretora de teatro Fernanda Júlia, amiga que raptei por um breve período e fiz mergulhar um pouco no cinema.

Os três foram de suma importância tanto na fase de pré quanto na fase de produção, foram braços a mais que tive, o diálogo com eles foi importantíssimo, todos focados em contar aquela estória da melhor maneira, conheciam o projeto na sua origem e sabiam o que eu queria do filme e o quanto era para mim importante realizá-lo. Paulo fernandes é um dos sócios da produtora Uzon Filmes, nossa co-produtora nesse projeto, Valter Bruno dirigiu o curta-metragem Romero e Fernanda Júlia dirigiu os espetáculos Ogum-Deus e Homem e Shiré Obá.

Salve, salve os producers!




São os que chegam primeiro no set e que saem por último, são os que ficam no escritório buscando soluções para fazer render a pouca grana e também os que vão pra guerra, que abrem caminhos e que cuidam da casa, os produtores, o que seria de um filme sem essa turma? Eles viabilizam a existência de um projeto, equilibram os recursos e depois correm para concretizar o sonho do artista, o exército que vai à frente e na contra-guarda, protegendo a todos, os ponta-de-lança.

A arte dos produtores e o maior mérito deles é o de viabilizar idéias, fazê-las acontecer, colocar o criador com os pés plantados no chão, mas lhe dar alicerce para chegar até o fim...Salve, salve os producers!... Não poderia deixar de citar aqui toda a equipe de produção que mandou brasa e manteve o eixo seguro. A Susan Kalik, Gabriela Rocha, Francisco Xavier, Mariana Passos e a Jambo, um muitíssimo obrigado.